quarta-feira, 29 de julho de 2009

Jardim das Almas

Ao despontar dos primeiros raios de sol,
Sente-se os lumes aquecer a carne adormecida,
Sob o som da canção da brisa que sutilmente as acaricia,
Concebendo um sentido único de liberdade e de existência,

Quando principiar a primavera da vida,
No auge da inocência de toda ingenuidade,
Impedindo que os primeiros orvalhos do coração,
Sejam estancados pela aridez do mundo,

Rendendo-se ao inevitável porvir de receios e incertezas,
Movido de íntima compaixão com avidez e esperança,
Transbordando vivacidade em cada ato de rebeldia,
As mãos levantadas pro céu, num grito de dor e de alívio,

No início da aurora da última luz que iluminará o jardim,
Raras e igualmente explêndidas, exalando encantamento,
Terão pavor, fugindo ao temer o desconhecido,
Encontrarão desgraças e fracassadas terão o perdão,

E se tornarão sabiamente humildes na glória,
Pra serem julgados, sentenciados e ceifados,
Muitos tombarão e os que ficarem se renavarão
Com o despertar das almas ao nascer do amor ...


Joao Paulo Castro

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Joao Paulo Castro

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Escrevi na porta dos arrependimentos todos os meus pecados.........