quarta-feira, 29 de julho de 2009

Camões

Como sentes o meu sentir desvairado, um amor quase infinito,
Sem mágoas e sem dores, de sentidos quase perdidos,
Entregar-se de alma a plenitude quase serena,
Laçando e entrelaçando quase todo sentir humano,

Imaginando no verossímil ou no que é quase engano,
Pensar calado em quase tudo que existe ou é fantasiado,
Despindo a face oculta de quase todo o mistério
Da fé e da vida quase sempre farta de desesperança,

E sinto que sentes falta, quase que desfeito do calor
Que queima e alenta quase todo o viver, vazio
E ferido, quase desfigurado, mas com espírito elevado,
Caminhas desordenadamente sem direção, quase sem sentido,

Pisas de leve o chão quase todo ladrilhado em verdade,
Respiras os ares dos sonhos e dos amores quase realizados,
E como é doloroso deitar e adormecer nessa quase realidade,
De um ser quase perfeito, quase um Deus de toda poesia ...

Joao Paulo Castro
Homenagem ao escritor português Luis Vaz de Camões

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Joao Paulo Castro

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Escrevi na porta dos arrependimentos todos os meus pecados.........