Está fundado o Movimento Carne Crua
Refutemos a geração quase...
A geração (quase) do futuro,
A que protesta em multidões
E escrevem apenas algumas vírgulas da sua própria história,
Os acomodados que nada mudam
E mudos apenas reclamam do que está errado.
Viva a geração carne crua, a promessa que nunca se cumpre,
Platéia cega do seu próprio caos
Aqueles que nada temem, que tudo querem e toleram tudo,
Manipuláveis, descartáveis, recicláveis...
Carne crua, massa (carne) de manobra,
Vítimas de ideais sem nobreza,
Presas de discursos tendenciosos, egoístas e preconceituosos...
Sociáveis, de anseios saciáveis com migalhas,
Geração muda,
Surda,
Cega
E crua...
Coadjuvantes do desespero, autores anônimos,
Escravos dos alheios egoísmos esconsos,
Pátria dos sem orgulho, de (falsas) glórias e (falsas) conquistas que não são suas,
Fartam-se no banquete de sobras requentadas,
Regurgitadas no regozijo dos paladares requintados.
A diferença nua que não existe, invisíveis em sua existência,
Vítimas da (in)dependência.
Peões versus Realeza, igualdade vetada, escravidão velada,
Suores de pouca valia, sangue de semelhante encardida linhagem.
Sociedade, reflexo e produto da sua própria atitude,
O amanhã não lhes pertence, anestesiados de esperanças,
Promessa que nunca se cumpre,
O futuro não será, (está sendo) o grito calado que jamais será ouvido.
Geração muda,
Surda,
Cega
E crua...
João Paulo Castro 19/11/2011
